segunda-feira, 22 de agosto de 2011

RJ: Marinha reconhece demora no aviso às famílias de alunos internados


A Marinha admite que demorou a comunicar que 57 alunos do curso de formação de fuzileiros navais foram internados no Rio de Janeiro.

No fim de semana, surgiu a informação de que 57 alunos do curso de formação de fuzileiros navais foram internados no Rio de Janeiro. No domingo (21), a Marinha se manifestou.
Depois da internação dos jovens, a Marinha declarou que as aulas de educação física no Centro de Instrução estão suspensas por tempo indeterminado. Uma sindicância foi aberta para apurar o que aconteceu com os 57 alunos do curso de formação de fuzileiros navais, que começou há duas semanas. Eles foram internados no hospital na última quarta-feira (17) com síndrome respiratória.
Os pais de um dos jovens, que está no CTI, afirmam que o filho contou que não podia beber água durante os exercícios. A família reclama que só soube que ele estava no hospital dois dias após a internação. O médico da Marinha, André de Lorenzi, admitiu que houve demora na comunicação às famílias.
“Talvez realmente tivesse sido necessário avisar à família um pouco mais precocemente”, afirmou o médico da Marinha, André de Lorenzi.
Leonardo Rodrigues é o paciente em estado mais grave. Ele respira com a ajuda de aparelhos. “Depois de muita espera, a doutora falou que Leonardo não está falando e que ele está com os dois pulmões muito afetados. Então, ele não está bom. Ele corre risco de morrer”, contou Maria Souza dos Reis, mãe de Leonardo.
A Marinha declarou que em 40 dias vai saber se houve excessos dos instrutores durante os exercícios físicos. Mas o comandante do Centro de Instrução, Eder Sampaio, afirma que havia água disponível para todos os alunos.
“Foi incentivado que cada um deles se hidrate constantemente. Por conta disso, cada um deles anda com um cantil abastecido com água potável”, contou o comandante Eder Sampaio.
De acordo com médicos do Hospital Naval Marcílio Dias, cerca de 30 alunos devem ter alta nesta segunda-feira (22). Eles vão voltar para o Centro de Instrução e serão monitorados durante uma semana.
A Secretaria Municipal de Saúde recolheu amostras de sangue de todos os jovens internados para investigar se as internações podem ter sido causadas por um surto de alguma doença infecciosa.
“Ele largou a profissão, largou tudo, achando que ia se dedicar à carreira militar. Porém, agora o que era sonho para ele virou um pesadelo”, disse Leandro Rodrigues, irmão de Leonardo.
Fonte: G1

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