quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Empresa contratada na eleição por ministro recebeu verba da Câmara


Amigos, quando de fato o atual governo começará a governar? Até o momento, e já são quase nove meses de mandato, só  falou, trabalhou e agiu em função dos escândalos que a todo momento a mídia apura e expõe.
 E quando vejo que, a única preocupação dos partidários e aliados da Presidente é que estes casos de corrupção não respinguem no ex-presidente, minha frustração cresce ainda mais.
E o pior é que até a Presidente já aceitou a situação e se recolheu a sua insignificância política, ao assumir que não é obrigação do governo investigar e punir os atos de rapinagem em seu governo.
Segue abaixo mais uma matéria publicada no Estadão de hoje...nenhuma novidade, mais do mesmo:


Três dias depois das eleições de 2010, o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) - na época parlamentar que tentava a recondução ao Congresso -, usou o dinheiro da Câmara para ressarcir despesas com uma empresa de taxi aéreo que, coincidentemente, é a mesma que prestou serviços para a campanha dele à reeleição de deputado federal.

O gasto de R$ 52,4 mil em verba indenizatória declarado pelo então deputado Negromonte com o fretamento de aeronaves em outubro é quase o dobro dos R$ 28 mil desembolsados em março, segundo mês em que o então parlamentar mais gastou com esse tipo de despesa.
No dia 6 de outubro do ano passado, 72 horas após a eleição, a Aero Star Taxi Aéreo Ltda emitiu dois recibos, um de R$ 18,3 mil e outro de R$ 8.850,00, para Negromonte, que entregou as notas à Câmara para comprovar a despesa da "cota para exercício da atividade parlamentar". Além dessa empresa, a Abaeté Aerotaxi recebeu mais R$ 25 mil da Câmara no dia 18 de outubro a pedido do ministro. As duas empresas contratadas têm sede na Bahia, reduto eleitoral do ministro.
A Aero Star Taxi Aéreo trabalhou oficialmente na campanha eleitoral de Negromonte. Segundo os registros do Tribunal Superior Eleitoral, a empresa recebeu R$ 86 mil entre agosto e setembro do comitê de campanha dele. Em outubro, quando os deputados estão na "ressaca" da eleição, numa espécie de recesso informal, o dinheiro para a mesma empresa de táxi aéreo saiu dos cofres da Câmara. Negromonte foi reeleito com 169 mil votos.
Procurado nesta quarta-feira, 24, pelo Estado, o ministro recusou-se a responder se os R$ 27.150,00 mil pagos à Aero Star e os R$ 25 mil repassados à Abaeté dias depois das eleições são por despesas de viagens ocorridas na campanha dele à reeleição. Por meio de sua assessoria, Negromonte apenas afirmou que suas prestações de contas estão dentro da "legalidade" e disse que usou um "bimotor", e não um jatinho, nos fretamentos particulares.
Segundo recibos do dia 6 de outubro emitidos pela Aero Star, o primeiro trecho pago pela Câmara foi para percurso entre as cidades baianas de Salvador, Mucugê, Paulo Afonso e Valente. Os documentos divulgados não revelam quando foi a viagem.
O segundo trecho menciona Salvador e Ibitiara. As outras duas notas fiscais pós-eleições, do dia 18 de outubro para a Abaeté, foram emitidas para os trechos Salvador/Paulo Afonso/Macaúbas e Salvador/Mucuri/Teixeira de Freitas. Todos esses municípios são redutos eleitorais do ministro das Cidades.
Fonte: Estadão

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