segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Kadafi controla no máximo 15% de Trípoli, diz Itália


O regime do contestado líder Muamar Kadafi não controla mais de 10% a 15% de Trípoli e o líder líbio não tem mais a opção de se exilar, afirmou o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, nesta segunda-feira. Os rebeldes contrários ao regime têm avançado pela capital nas últimas horas.
"Nós temos visto a oposição ao regime avançar mais nas últimas horas e podemos dizer que no momento não mais de 10% a 15% da cidade ainda está nas mãos do regime", afirmou Frattini em entrevista à emissora de televisão SKY TG 24.
Frattini disse que "a prisão do filho de Kadafi foi decisiva". Nesta segunda-feira, foi anunciada a prisão de Seif al-Islam, filho de Kadafi acusado de crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Kadafi também é procurado pelo TPI por crimes contra a humanidade. Há informações sobre a prisão de pelo menos mais um dos filhos do líder.
A União Europeia anunciou que estava pronta a oferecer assistência ao regime após a queda de Kadafi. Além disso, pediu sua renúncia imediata. "Nós instamos o coronel Kadafi a aceitar o desejo do povo, renunciar imediatamente e evitar mais derramamento de sangue", afirmou a UE em comunicado, firmado pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e pelo presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que o regime de Kadafi está caindo e ele deve deixar claro que desistiu de controlar a Líbia. Cameron disse que pelo menos dois filhos de Kadafi foram presos, mas não há confirmação sobre o paradeiro do próprio líder.
Nesta segunda-feira, um porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse em Berlim que o regime de Kadafi mostra sinais de que está perto do fim. "Cada hora custa vidas", afirmou Seibert, porta-voz da chanceler Angela Merkel, em entrevista coletiva.
A embaixada da Líbia em Damasco, capital síria, informou nesta segunda-feira que estava se unindo aos rebeldes do conselho. "Nós, os embaixadores e membros da embaixada líbia em Damasco, anunciamos nosso total apoio à revolução de 17 de fevereiro e declaramos nossa adesão formal ao Conselho Nacional de Transição", afirmou o órgão em comunicado. Em 17 de fevereiro ocorreu o chamado "Dia de Fúria", com grandes protestos contra o líder e confrontos.
As informações são da Dow Jones. 
Fonte: Agência Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Opine, é importante!